A camélia é uma flor de inverno, assim como a nova coleção da Chanel. Delicada e forte, ela é formada por um desenho de linhas simples e puras, o que combina e muito com a grife. "Mais que um tema, a camélia é um código eterno da maison", define Virginie Viard.
Fotos: Launchmetrics
Gabrielle Chanel nunca disse porque essa era sua flor favorita, mas já em 1913 se deixou fotografar na praia de Étretat, na França, usando um exemplar afixado ao cós de seu look, a transformando em um adereço – o mesmo que, 100 anos atrás, surgiria pela primeira vez em um vestido de chiffon da marca que leva seu nome (a ideia, vale mencionar, também foi emprestada de Marcel Proust e seus amigos dândis, que carregavam a flor na lapela dos paletós).
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De lá para cá, a camélia já foi estampada; recortada em chiffon, cetim, organza e tweed; cravejada em diamantes e rubis. Mas talvez nunca tivesse florescido criativamente tanto quanto no inverno 23 da grife: adicionando perfume sixties e seventies ao tema – a camélia, afinal, é uma flor sem fragrância –, Viard apresentou looks que ganharam tratamento contemporâneo, seja através dos materiais, como o couro e as coberturas de acabamento vinílico, ou dos shapes, vide a assimetria e bermuda, peça-chave do desfile, que atualizou o clássico conjunto com tailleur. Mais fresco, impossível.
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