A tradicional etiqueta francesa Carven ganha novo fôlego com a entrada de Louise Trotter como diretora criativa. Criada em 1945, a maison de Marie-Louise Carven foi uma das primeiras lojas a oferecer roupas prêt-à-porter, ou seja, prontas para levar – assim como fazemos hoje ao sair de uma loja, sem levar em conta que, menos de cem anos atrás, isso simplesmente não existia. Por esse mesmo motivo, a declaração de Trotter sobre seus planos para a Carven é promissora.
Ao estrear, com a coleção do verão 2024, ela diz que pretende fazer roupas funcionais para o dia a dia, sem muito drama – ao contrário, com uma abordagem pragmática para chegar a um guarda-roupa sem ruídos, com peças que transmitem confiança. "Pretendo evoluir lentamente e reconstruir esta marca até que ela se torne uma casa muito querida.", disse ela, que já esteve à frente do estilo da Lacoste.
Fotos: Launchmetrics
O que se viu foram proporções amplas de alfaiataria, brincando com o formal e o informal, e dobraduras que criam detalhes especiais – e que também são uma solução estilosa para o excesso de tecido.
Com a organza, tecido igualmente escolhido pela Prada nesta temporada, a Carven propõe saias e vestidos que revelam a pele. Os casacos em versão máxi incluem parka e anorak e servem de contraponto para essas peças de tecidos leves – uma marca da casa.
Por fim, destaque para as curvas criadas por modelagens que desenham anquinhas – outra forma que apareceu aqui e ali na temporada francesa de moda.
